Casos Clínico de abril de 2019
Catarina Gouveia1, Carolina Palmela1, Rui Loureiro1, Joana Torres1
1 – Serviço de Gastrenterologia do Hospital Beatriz Ângelo
Mulher de 28 anos com infeção HIV estadio SIDA diagnosticada em Março/2018 (CD4 26 cel/mcl, carga viral 3210000 cópias/ml), tendo iniciado terapêutica com tenofovir-emtricitabina e darunavir-cobicistat. Três semanas após o início de terapêutica anti-retroviral inicia quadro de diarreia com 5-10 dejeções por dia, de fezes líquidas, sem sangue, muco ou pus e dor abdominal ligeira nos quadrantes abdominais direitos tipo cólica, sem febre. Objetivamente apresentava-se vigil, hemodinamicamente estável, apirética, abdómen mole, depressível, doloroso à palpação profunda difusa, sem defesa ou reação peritoneal. Analiticamente apresentava anemia (Hg 10,6g/dL), elevação de parâmetros de fase aguda (15.000 leucocitose, PCR 15), alterações hidroelectrolíticas (hiponatrémia, hipocaliémia, hipocalcémia) e hipoalbuminemia de 1,7g/L. As coproculturas e pesquisa de ovos, quistos e parasitas nas fezes foram negativos. Realizou TC abdominal com contraste IV que revelou um espessamento difuso das ansas do intestino delgado, com proeminência dos vasos mesentéricos. Realizou Colonoscopia total com ileoscopia que revelou ileon terminal, cólon ascendente, transverso, descendente e sigmóide com mucosa edemaciada, hiperemiada, com perda de padrão vascular e úlceras serpiginosas. A mucosa do reto não apresentava alterações.
Ileon terminal Cólon sigmóide
Qual a hipótese de diagnóstico mais provável?
Resposta correta:Ileocolite a Citomegalovirus (CMV)
Vencedor: António Curado